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Bairro Agenor de Carvalho

Desde a década de 1970, a cidade de Porto Velho foi cenário de uma série de invasões, ocasionadas pelo grande fluxo de migratório sofrido pela cidade, recebendo pessoas oriundas sobretudo das regiões centro e sul do país, em busca de terras para melhores condições de vida.

No ano de 1979, ocorreu a ocupação do espaço entre as avenidas rio de janeiro e a sete de setembro, havendo de imediato a reação da empresa Aldeota Empreendimentos Imobiliários que recorreu à justiça, alegando ser proprietária. A empresa teve obteve sentença favorável na 6ª Vara Civil e os casebres foram demolidos.

O advogado goiano Agenor Martins de Carvalho , um dos líderes do Movimento Democrático Brasileiro – MDB, opositor ferrenho da ditadura militar, foi contratado para defender os interesses dos invasores, conseguindo em Brasília no Supremo Tribunal Federal, decisão de reintegração de posse.

O advogado da empresa recorreu da sentença, pleiteando que os ocupantes a título de indenização pagassem CR$200,00 pelo período de ocupação do terreno.

Para solucionar o problema os advogados sugeriram uma alternativa que foi aceita pela municipalidade: o lado esquerdo da avenida amazonas seria reconhecido como propriedade da Aldeota empreendimentos imobiliários e, o lado direito seria destinado aos posseiros. O advogado defensor da conservação e da legalidade das terras invadidas, Agenor Martins de Carvalho foi assassinado dentro de sua residência no dia 11 de novembro de 1980, acontecimento que aumentou a temperatura dentro da política local.

Os conjuntos Jardim das mangueiras e jardim amazonas passaram a integrar o bairro Agenor Martins de Carvalho, através de um projeto de lei apresentado pelo vereador José Cavalcante que em sua justificação para denominar o bairro, ressaltou a figura do advogado, “sempre devotado a causas populares, defendendo os sem teto nas decisões fundiárias”.

O bairro situado na zona leste da cidade, com formato quadrado delimitado pelas avenidas José Vieira Caúla, Rio de Janeiro, Rio Madeira e Guaporé foi oficialmente delimitado por meio de Lei complementar n°469 de 9 de julho de 1985.

Resumo do livro: Os Bairros na História de Porto Velho

Autora: Yêdda Pinheiro Borzacov

Criado pela Lei n° 840/1989 - acesse clicando aqui

Para baixar o mapa em formato PDF clique aqui

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