No ano de 1979, surge uma grande ocupação na zona leste da cidade de Porto Velho, originando um processo judicial realizado pela empresa Empreendimento da Amazônia, que alegava ter o domínio da área equivalente a 1.500.000 m².
A primeira instância favoreceu a empresa, que deferiu por cobrar dos moradores ocupantes uma quantia pelos terrenos. Agenor Martins de Carvalho, advogado dos ocupantes, recorreu da sentença em outra instância, trazendo alegações de que no processo, as datas de compra e venda que estão nas certidões emitidas pelo Cartório de imóveis não conferem com o tempo que a área encontrava-se em domínio da união.
No início da década de 1980, um grupo de moradores, com ajuda de amigos, organizaram uma comissão, que escreveu e entregou ao então prefeito da capital um documento de reivindicação de uma área já loteada, com um número aproximado de 500 lotes, alegando, assim, que esta seria a resolução dos problemas das famílias desalojadas. Em 1979, cerca de 400 famílias foram beneficiadas com estes lotes.
No dia 9 de novembro de 1980, o advogado Agenor Martins de Carvalho foi assassinado em sua residência. Uma outra tentativa de invasão ocorreu nos dias 18 e 19 de junho de 1981, em uma determinada área à esquerda da Avenida Amazonas, resultando em uma tensão social no bairro.
O bairro limita-se com os bairros Embratrel, Agenor de Carvalho, Lagoa, Floresta, Roque e Nossa Senhora das Graças. Neste bairro, nasce o igarapé dos Tanques, importante corpo hídrico que corta a região central cidade de Porto Velho e deságua próximo ao aeroporto.
Resumo do livro: Os Bairros na História de Porto Velho
Autora: Yêdda Pinheiro Borzacov
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