A Prefeitura de Porto Velho, no ano de 1984, abriu na Zona Leste, ruas em uma área, fazendo a divisão de lotes e assentando assim cerca de quatrocentas famílias sem teto, dando início a instalação do bairro Teixeirão. Uma invasão começou em terras vizinhas, encabeçada por um determinado grupo e por um político em busca de votos, elevada a população do recém-criado bairro para cerca de três mil pessoas. Houve frustradas tentativas para mudar o nome do bairro Teixeirão, dentre os termos escolhidos apareceram em Maringá, Pantanal e Esperança da Comunidade, fato que gerou polêmicas e dúvidas na comunidade, a nomenclatura do bairro suscitava questionamentos e hesitações. Alguns vereadores da época, segundo o jornal "O Estadão do Norte", edição de 24 de agosto de 2001, informa que havia disputa formada por grupos eleitoreiros que: "ao viés de brigar pelos interesses da comunidade estão degladiando-se entre si para saber qual a nomenclatura dominante”. No bairro já havia sido criada a Federação Rondoniense das FRAB, cujo presidente Elias José da Silva democraticamente, formou uma comissão de moradores com um padrão de definir o nome do bairro. A comissão se reuniu no dia 24 de agosto de 2001, em uma das salas da escolinha "Chapeuzinho Vermelho", ocasião em que foi decidido marcar uma reunião com a comunidade para eleger definitivamente o nome e apresentá-lo como proposta na Associação de Bairros para plebiscito com especialistas qualificados. Realizado o plebiscito, o nome do gaúcho que adotou a Amazônia como sua e Rondônia como segunda terra natal, prevaleceu. A Comunidade fez justiça ao trabalho sério e competente efetuado pelo governador Jorge Teixeira de Oliveira no Território Federal de Rondônia (1979/1980) e governador do estado de Rondônia (1981/1985), sempre demonstrando uma visão excepcional. Observa Rochilmer Rocha "Predestinado, realizador, tocador de obras, Teixeirāo tornou-se o grande condutor do processo de transformação de Rondônia em estado. Com coragem, determinação, muita luta dotou o antigo Território da infraestrutura necessária para a sua carga à categoria de estado federado. Repetindo a expressão usada pelo saudoso Dr. Fouad Darwich primeiro presidente do Tribunal de Justiça do Estado, Teixeira implantou em Rondônia um grande canteiro de obras. Inúmeras foram as suas realizações, mas duas foram profundamente fundamentais para o desenvolvimento do Estado: a da Hidrelétrica de Samuel e a pavimentação da rodovia BR 364, coroando com êxito o binômio de sua administração: transporte e energia. O bairro Teixeirão, criado pela Lei n ° 906/1990, limita-se pelo bairro Planalto, Maringá, Esperança da Comunidade, Igarapé e Aponiã, ali encontrando-se muitas chácaras e grandes hortas. Suas ruas estreitas e encascalhadas, no tempo chuvoso, obrigava os moradores, em decorrência do lamaçal existente, a calçar botas (os que possuem poder aquisitivo para comprá-las). Eram asfaltadas apenas como as ruas Sheila Regina e Juliana e os trechos das avenidas Calama e José Vieira Caula. Os moradores aguardam o poder público conceder o direito de posse dos lotes, legitimando, assim, como terras invadidas e onde foram construídas como suas casas. Resumo do livro: Os Bairros na História de Porto Velho Autora: Yêdda Pinheiro Borzacov |
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